As autoridades chinesas se preparam para um confronto prolongado com a Casa Branca, após o presidente Donald Trump impor tarifas elevadas sobre todas as importações provenientes da China. A medida gerou uma onda de indignação tanto no país quanto em outras partes do mundo.

Em resposta às novas tarifas impostas pela administração Trump, os formuladores de políticas em Pequim discutem estratégias para proteger a economia nacional e estabilizar os mercados. A prioridade é acelerar pacotes de estímulo para mitigar os impactos das sanções comerciais. De acordo com fontes consultadas pela Bloomberg, o objetivo dessas medidas é impulsionar o consumo interno.

Altos representantes do governo chinês, incluindo autoridades financeiras e reguladores, estão analisando a possibilidade de antecipar programas que já estavam em planejamento, mesmo antes da nova rodada de tarifas americanas.

As estimativas iniciais indicam que a China será um dos países mais prejudicados por esse novo embate tarifário. A partir de quarta-feira, 9 de abril, começam a valer tarifas americanas de impressionantes 54% sobre produtos chineses.

Com a escalada das tensões comerciais, cresce também a insatisfação popular. Em resposta, vários países já estão avaliando contramedidas contra Washington. A China, por sua vez, condenou abertamente as restrições dos EUA e retaliou com tarifas de 34% sobre produtos americanos. O governo chinês também impôs rigorosos controles de exportação sobre bens e minerais estratégicos essenciais para os Estados Unidos.

Para enfrentar o cenário econômico desafiador, Pequim promete intensificar seus estímulos internos. Recentemente, o governo anunciou medidas fiscais adicionais para aquecer o consumo. “A China está disposta a ir até o fim nessa guerra comercial global que se intensifica rapidamente”, comentou a Bloomberg sobre a postura chinesa.